Projeto família

As orientações, mentorias, conselhos para organização pessoal, motivação, propósito incluem ter projetos de vida mais claros. Esta orientação é dada porque as estatísticas mostram que as pessoas desalentadas, ou seja, que não buscam estudar nem trabalhar, desmotivadas com o trabalho, com a vida, com as relações, não tem projetos de vida.

É preciso ter projetos para as diferentes fases da vida, de curto, médio e longo prazos. Além dos projetos que envolvem trabalho, profissão, qualificação, carreira, empreendedorismo, esporte, lazer, é preciso priorizar um espaço para a família, seja na condição de pais, filhos ou outros.

A Diretoria de Relações Institucionais da International Federation for Family Development (IFFD), assessoria da ONU, dentre outros organismos que estudam o assunto, tem se posicionado claramente para lembrar que o tempo dedicado à família não pode ser um problema nas relações profissionais, nos projetos das pessoas e muito menos, ideologizado. Constituir uma família é uma decisão pessoal de cada membro, assim como integrar uma família também tem grande impacto na sociedade, pois filhos bem educados, assim como todos os membros bem cuidados uns pelos outros gera resultados positivos incontestáveis nas comunidades e melhora a sociedade. Dedicar o tempo a cuidados e tarefas com filhos e outros membros da família precisam ser vistos pelas regras das organizações públicas e privadas e pelos colegas de trabalho como um tempo utilizado para se capacitar e também para contribuir com uma sociedade melhor.

Quando um colega avisa que vai ter um filho, ou que vai dar um tempo no trabalho, ou dar um tempo na qualificação da carreira para cuidar de um filho, tanto a sociedade, quanto a organização empregadora precisam se dar conta de que isso é muito bom para toda a sociedade. Já tive colegas pais que decidiram deixar por um tempo parte de suas jornadas remuneradas, para auxiliar no acompanhamento e cuidados de seus filhos. É admirável este desprendimento quanto ao trabalho e certamente vão deixar filhos melhores para a sociedade. Infelizmente ainda há quem não entenda bem estas atitudes. É preciso amadurecer esta concepção nos espaços profissionais e também na família. Quem encontra espaço em seus projetos de vida para cuidar da família, sejam pais, filhos, avós, ou outros membros da família está tomando uma atitude de valor inestimável e prestando um grande serviço para a sociedade.

É certo que o conceito de família varia em diferentes culturas e tradições, mas a abordagem funcional de ffamília é de uma organização social comprometida com a ajuda aos filhos, pais, avós, companheiros, doentes, para que tenham vidas mais íntegras e mais felizes.

Vivemos um tempo em que falar ou escrever sobre valorização da família pode receber rótulos de conservadorismo. Aproveito para lembrar que a dicotomia entre conservadorismo ou progressismo é muito limitada para vários assuntos, principalmente nas relações pessoais e profissionais.  

O apoio que a pessoa tem desde criança do núcleo familiar e das influencias que estes possuem a partir das organizações onde prestam serviços, determinará boa parte do caráter do cidadão que será e de como este futuro adulto entenderá e atuará no mundo. Organizações que respeitam e cuidam bem de quem cuida dos seus filhos, pais e doentes, estão determinando a concepção que a sociedade num futuro próximo terá sobre ela, seja para atrair talentos colaboradores ou para captar clientes.

Nas cobranças pela presença neste ou naquele compromisso social que coincide com o momento em que o colega deveria dar uma atenção especial ao filho, ou ao pai, se revelam dificuldades de compreensão por parte de quem entende a vida e as relações familiares de outra forma. É preciso lembrar que filhos bem cuidados também serão bons cidadãos, bons profissionais, bons pagadores de impostos, pessoas que respeitam as leis e que no futuro tendem a cuidar bem de outras pessoas.

Um abraço a todos e até a próxima!