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Retirada de médicos Cubanos é uma estratégia para não pagar o que o País deve ao Brasil, Dep Goergen

19/11/2018 08:48
Retirada de médicos Cubanos é uma estratégia para não pagar o que o País deve ao Brasil, Dep Goergen
Deputado Federal Jerônimo Goergen (Progressistas-RS)

A saída de Cuba do Programa Mais Médicos, anunciada na quarta-feira (14) da semana passada pelo governo daquele país, pode guardar motivações que vão além da versão oficial. Coincidentemente, no mesmo dia o jornal O Estado de São Paulo revela que Venezuela, Moçambique e Cuba devem R$ 1,8 bilhão ao BNDES em pagamentos atrasados.

No caso de Cuba, as dívidas em atraso, desde junho, somam US$ 71,2 milhões – “USS 26 milhões relativamente a financiamentos de exportação do BNDES e cerca de 40 milhões euros no Proex Financiamento (linha com subsídios federais para apoiar exportações de empresas de menor porte)”, segundo a assessoria de imprensa do banco.

Ainda de acordo com o Estadão, o destaque nas operações para Cuba é o empréstimo de US$ 682 milhões, contratado em cinco operações entre 2009 e 2013, para o Porto de Mariel, a 45 quilômetros da capital, Havana. As obras foram tocadas pela Odebrecht e inauguradas em janeiro de 2014, com a presença da então presidente Dilma Rousseff.

Cuba se apressa em justificar o retorno dos mais de 11 mil médicos cubanos que trabalham atualmente no Brasil, considerando inaceitáveis as declarações do presidente eleito Jair Bolsonaro, que questionou a preparação dos especialistas e condicionou a permanência dos mesmos “à revalidação do diploma” e impôs “como via única a contratação individual”. Numa avaliação rápida e direta, Cuba prepara uma justificativa de ruptura nas relações com o futuro governo para não pagar o que deve ao Brasil e aos empresários brasileiros. Uma estratégia de mau pagador para justificar o calote.

O Deputado Federal Jerônimo Goergen diz que agora, precisamos buscar uma alternativa para resolver esse impasse comercial e encontrar uma forma de remunerar as empresas pelos embarque já efetuados e não pagos. Quanto aos profissionais da saúde, abre-se uma grande oportunidade para aproveitar a mão-de-obra nacional.

Fonte: Assessoria Comunicação