O setor de epidemiologia do HSVP – Hospital São Vicente de Paulo de Três de Maio, confirmou que uma idosa de Independência morreu de dengue. A idosa havia sido internada no dia 21 de fevereiro, sendo que no dia seguinte foi transferida para a Unidade de Tratamento Intensivo.
O óbito ocorreu no último domingo, 25 de fevereiro. Trata-se de uma idosa portadora de algumas comorbidades.
O painel de casos de dengue organizado pela Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul, registra 98 casos oficiais em Independência. Mas no momento o número de casos confirmados deve ser maior.
O Secretário Municipal de Saúde, de Independência Carlos Spengler, revela que na tarde de hoje, 27, será realizada uma reunião do Comitê da Dengue, contando com a participação de diversas secretarias e entidades do município.
Entre as medidas, deve ser decretado estado de emergência em saúde pública, aplicação de multas e proibição da captação da água da chuva por reservatórios. Pois segundo o secretário, um levantamento dos agentes de endemias, apontou que cerca 80% dos focos de dengue estão nestes reservatórios que captam água da chuva.
O óbito desta idosa de Independência, ainda não está contabilizado nas mortes por dengue registradas no estado do Rio Grande do Sul. Os óbitos oficiais são os seguintes:
Três em Tenente Portela, todas mulheres de 71, 64 e 75 anos;
Um em Santa Cruz do Sul, homem de 65 anos;
Um em Santa Rosa, mulher de 71 anos;
Um em Cruz Alta, homem de 63 anos;
Um em Lajeado, homem de 76 anos
Um em Frederico Westphalen, homem de 79 anos.
Todos os casos de óbitos possuíam algum caso de comorbidade, pré-existentes.
A Secretaria da Saúde reforça a importância de que a população procure atendimento médico nos serviços de saúde logo nos primeiros sintomas, evitando o agravamento da doença e a possível evolução para óbito.
Principais sintomas da dengue
- Febre alta (39°C a 40°C), com duração de dois a sete dias
- Dor retro-orbital (atrás dos olhos)
- Dor de cabeça
- Dor no corpo
- Dor nas articulações
- Mal-estar geral
- Náusea
- Vômito
- Diarreia
- Manchas vermelhas na pele, com ou sem coceira.
Medidas de prevenção à proliferação e circulação do mosquito aedes aegypti, causador da dengue, como a limpeza e revisão das áreas interna e externa das residências ou apartamentos e a eliminação dos objetos com água parada, impedem o mosquito se reproduzir, cortando o ciclo de vida na fase aquática. O uso de repelente também é recomendado para maior proteção individual contra o aedes aegypti.
Situação epidemiológica
Neste ano, o Rio Grande do Sul já registra 7.485 casos confirmados da doença, dos quais 6.406 são autóctones, que é quando o contágio aconteceu dentro do Estado, com os demais sendo importados (residentes do RS que foram infectados em viagem a outro local).
Em 2023, foram mais de 34 mil casos autóctones. Ao todo, foram 54 óbitos por dengue no ano passado.